O Palmeiras irá contestar a decisão que obriga o clube a demolir o centro de treinamento da categoria de base, situado em Guarulhos (SP). A ESPN revelou na última segunda-feira (17) os detalhes desse processo judicial, que tramita desde 2012 na 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos.
Essa ação foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo, que alega que o clube ocupa indevidamente a área do centro de treinamento, localizada no Parque Ecológico do Tietê. O Palmeiras buscará reverter essa situação em uma instância superior.
Conforme a análise da reportagem, a apelação do Palmeiras terá um efeito suspensivo imediato. Desse modo, inicialmente, o clube não terá que iniciar os trabalhos de demolição e aguardará os próximos desdobramentos judiciais para conhecer o veredicto final do processo.
Segundo informações levantadas, a defesa do clube pretende basear sua argumentação em melhorias sustentáveis realizadas em benefício do meio ambiente, incluindo a campanha “Por Um Futuro Mais Verde”, que impactou positivamente cerca de 90 mil pessoas nos últimos três anos.
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Essas informações integram o Relatório Integrado referentes aos primeiros três anos da gestão da presidente Leila Pereira, publicado em abril deste ano.
No ano de 2023, por exemplo, o Palmeiras tornou-se o primeiro clube de futebol a receber o “Selo Energia Verde”, que reconhece o compromisso da atual administração em utilizar energia elétrica gerada a partir de fontes sustentáveis.
O envolvimento do Palmeiras com questões ambientais também se reflete nos jogos realizados no Allianz Parque: mais de 117 toneladas de resíduos descartados na arena entre 2022 e 2024 foram processados e reciclados, gerando empregos e renda, além de contribuírem para a preservação ambiental.
No comunicado emitido na última sexta-feira (14), o juiz Rafael Roriz ordenou que o Palmeiras cesse “atividades que degradam o meio ambiente”, incluindo a imediata e integral paralisação de qualquer ação de desmatamento, plantio, impermeabilização do solo ou qualquer atividade poluidora. Além disso, impediu qualquer ocupação nas áreas de várzea e de preservação permanente, sob pena de multa diária.
O juiz também condenou o clube e o DAEE (Departamento de Águas e Energias Elétricas) a “promover a desimpermeabilização e descompactação do solo nas áreas de várzea e de preservação permanente relacionadas a esse processo, bem como a demolição das construções existentes, restaurando completamente as condições originais da vegetação, solo e corpo d’água, dentro do prazo de 180 dias, sob pena de multa diária”.
