Durante o processo em que conquistou uma decisão judicial favorável para reestruturar as finanças do clube, protegendo suas contas bancárias por um período de 60 dias, o Corinthians identificou todos os seus credores e destacou casos que poderiam prejudicar as operações do clube.
Um desses exemplos remonta a uma dívida antiga que atualmente totaliza R$ 16 milhões com o Governo do Estado.
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A situação remonta a 2001 e ilustra a má gestão financeira do Corinthians.
Como contrapartida pela concessão da área em que foi construído o Centro de Treinamento, no Parque Ecológico do Tietê, o clube se comprometeu a plantar 76.400 mudas de árvores na mesma região dentro de um prazo de 12 meses.
No entanto, o Corinthians não cumpriu o prazo, solicitando adiamentos consecutivos para o plantio. Isso levou os órgãos estaduais responsáveis a acionar judicialmente o clube. Em 2016, uma decisão judicial obrigou o Corinthians a realizar o plantio das árvores, sob pena de pagar uma multa diária de R$ 5 mil.
Em sua defesa, o Corinthians argumentou que não havia espaço suficiente para plantar todas as árvores na área designada. Conseguiram parcialmente alterar a localização do plantio para Salesópolis, município da Grande São Paulo, citando também dificuldades técnicas para realizar a tarefa.
“A recuperação dessa área envolverá uma série de atividades preparatórias, incluindo preparo do solo, controle de vegetação indesejada, cuidados com mudas plantadas, entre outros”, explicaram os advogados do clube.
Em 2016, a Justiça determinou que o Corinthians pagasse uma multa diária de R$ 5 mil até a conclusão do plantio. Como isso ainda não foi concluído, a multa acumulada ultrapassa R$ 16 milhões, algo que o clube contesta.
“É alarmante que a multa diária imposta ainda esteja em vigor, apesar dos esforços empreendidos pelo clube para cumprir a obrigação”, argumentaram os advogados corintianos em um recurso apresentado durante a gestão anterior.
Plantar árvores acabou se tornando uma dívida milionária para o Corinthians.